Ao pé do monte Fuji, no Japão, situa-se a floresta de Aokigahara. Com área aproximada de 35 km² a floresta é um ponto turístico popular, contando com vegetação densa e diversas cavernas e fauna diminuta. Em parte pela ausência de fauna e em parte pela densidade da vegetação é também um lugar extremamente silencioso, o que faz com que seja cercado por lendas e mitos diversos que a relacionam a demônios e espíritos malignos. Mas o que torna o local ainda mais bizarro é que a floresta tornou-se um local de escolha comum entre os suicidas.
A situação chegou a tal ponto que o governo espalhou pela floresta placas tentando desestimular tais atos, pedindo que as pessoas reconsiderem suas intenções, mas mesmo assim ainda são encontrados por lá em média 100 corpos ou ossadas por ano.
Embora haja relatos do uso do local para essa finalidade desde o século XIX, especula-se que a popularidade do local para suicídios tenha aumentado na década de 60, quando foi publicada a novela Kuroi Jukai, de Seich? Matsumoto, em cujo final dois amantes cometem suicídio por lá. A maior incidência de suicídios ocorre no mês de março, que é quando encerra-se o ano fiscal. Desde a década de 70 são realizadas operações periódicas de busca por cadáveres no local.
Embora as autoridades japonesas tenham interrompido a divulgação de dados estatísticos oficiais para que eles não acabassem servindo como um incentivo a quem decidiu acabar com a própria vida, a floresta ainda é considerada o segundo lugar com o maior índice de suicídios no mundo, perdendo apenas para a ponte Golden Gate (San Francisco, CA, USA).